Por que optar por um divórcio amigável?

Hoje vamos conversar sobre a importância de se optar por um divórcio amigável.

Passar por um processo de divórcio não é fácil. E falo aqui de processo não no sentido literal, aquele que elaboramos e damos entrada no Poder Judiciário. Estou falando de tudo aquilo que envolve o fim de um relacionamento: as incertezas, a frustração, a mudança do padrão econômico, da rotina, da convivência com os filhos, dentre outras.

Como resultado, pode haver muitos conflitos entre os envolvidos. Dificuldade de comunicação com o (a) ex, com a família estendida, com os filhos…

Existem duas formas de realizar um divórcio: a forma consensual, e a litigiosa. A primeira ocorre quando as partes decidem anteriormente todas as questões, e buscam o Poder Judiciário (se houver filhos menores ou estado gravídico) ou o cartório de sua cidade. Já a segunda é aquela em que protocolamos uma petição perante o Poder Judiciário, opondo-se à outra e segue todo o trâmite, que chamamos no Direito de contraditório, até chegar a uma resolução final dada por um Juiz competente para tanto.

Acontece que esse caminho é tortuoso, caro e pior, demora por tempo indeterminado. Ainda, envolve mais pessoas, como a família, os filhos. Um grande conflito pode trazer marcas indeléveis para os envolvidos.

Mesmo que pareça difícil compreender a possibilidade de, no calor do conflito, conseguir chegar a um acordo com o(a) ex., esse certamente é o melhor caminho.

Conflitos são naturais nas relações humanas. (Nesse post eu explico sobre conflitos e mediação.)Todos nós, em certa medida, passamos por conflitos todos os dias de nossas vidas. A boa notícia é que conflitos podem ser mediados, e que os envolvidos podem chegar a algum consenso sobre o fim do relacionamento e seus detalhes, e então optar por apenas buscar o Poder Judiciário para homologá-lo, ou eventualmente realizar um divórcio extrajudicial, que acontece diretamente no cartório. Nesse post, eu explico para você a diferença entre conciliação e mediação e por que é importante contar com a ajuda de um mediador de conflitos.

A partir de agora, vou te dar 3 motivos para que você compreenda os pontos positivos de optar por realizar um divórcio consensual amigável. Vamos lá?
1. É mais rápido, pois o divórcio litigioso pode até ter prazo para começar, mas nunca para terminar.

Um processo, atualmente, dura em torno de 3 anos e quatro meses para chegar a uma sentença, segundo o Justiça em Números 2021. Foram 16.922.580 (dezesseis milhões, novecentos e vinte e dois mil, quinhentos e oitenta) novos processos protocolados em 2020 no Brasil, segundo a mesma pesquisa.

Quando você consegue dialogar a ponto de chegar a um consenso com a outra pessoa, mesmo que seja pelo menos somente de parte das questões, já consegue ajudar a diminuir bastante esse tempo de espera por uma resposta do Poder Judiciário.

2. É menos oneroso

Uma das preocupações de um advogado, na hora de elaborar uma proposta de honorários, é a variável tempo. Não se deixe enganar, pois, certamente o seu advogado colocou esse fator no valor cobrado. Claro, pois, ao se buscar o Poder Judiciário, não se sabe quanto tempo irá ser demandada a participação de um procurador judicial para auxiliar nesse processo. O custo de manutenção de uma estrutura de trabalho, de tempo dispendido no acompanhamento do processo, de atenção ao cliente, deslocamento, dentre outros, é sempre levado em consideração (afora outros quesitos, como complexidade da causa e expertise do profissional) na hora de cobrar o cliente.

Ademais, você também irá “gastar” com horas de reunião com seu advogado, indo à audiências, dentre outras diligências. Lembre-se: tempo é dinheiro!

3. Protege as crianças eventualmente envolvidas de uma longa batalha judicial.

Caso você tenha filhos, acredito que o sentimento mais nobre e puro que tenha é o mesmo de todos os pais e mães: protegê-los de todo o mal que possa afligi-los. No caso, aqui não é diferente. Como já mencionei antes, um divórcio envolve muitas pessoas, e inevitavelmente envolverá seus filhos. Eles provavelmente irão questionar várias coisas, como por exemplo o por quê do término do relacionamento, além de outras perguntas inesperadas, mas que precisam ser respondidas para tranquiliza-los e ajudá-los nesse processo.

Adicione a isso o sofrimento de ver seus pais polarizados, brigando, e infelizes com a incerteza de uma situação tão delicada. É isso que você realmente quer para os seus filhos? Acredito que não. Um fim traumático pode gerar cicatrizes para a vida toda, principalmente naqueles que estão em plena formação. Já um fim na medida do possível tranquilo (porém nunca fácil) pode ajudar a ultrapassar esse desafio de forma menos traumática.

Esse para mim é o melhor motivo! E para você?

E aí, consegui te convencer que essa é a melhor saída?

Concluindo, é sempre importante buscar um(a) advogado(a) capacitado (a) para te auxiliar nesse processo.

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Até a próxima!